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Livro – Ciclone : diário de uma montanha-russa

De que falamos quando falamos de adolescência? Confusão? Vazio? Emoção? aventura? Rebeldia? A todos os que estão a viver num turbilhão de sentimentos e estados de alma, a todos os que se questionam sobre a adolescência recomendamos a leitura de Ciclone – Diário de uma Montanha-Russa (Orfeu Negro, 2019). Este livro é um diário emocional, escrito a quatro vozes, duas femininas, Carla e Anabela, e duas masculinas, M. e Bernardo, entre os 13 e 19 anos, vivido em quatro épocas distintas. Escritas diferentes. Estilos distintos. As raparigas escrevem em voz alta nos seus diários, como se de um diálogo se tratasse, o M. escreve uma carta e o mais jovem de todos, partilha o seu blogue. Os rapazes apostam num diário que é feito para partilhar com os outros. Quatro vozes separadas por aproximadamente uma década, as emoções em turbilhão, as expectativas, a euforia à flor da pele, o medo ou a angústia que paralisa, as impressões e desilusões vividas e registadas, em papel ou em digital, as subidas e descidas estonteantes encaminham-se para a vida adulta, como se fosse possível de sintetizar a vida a uma simples viagem de montanha-russa, recordando as palavras de Bernardo “A minha eterna paixão, quase obsessiva, por montanhas-russas. Sempre o vício da velocidade, de vertigem. Sempre a pressa. O limite. Sempre achei que, se fosse uma máquina, seria uma montanha-russa.”

Os autores, Miguel Fragata e Inês Barahona, escrevem este livro depois de explorarem a experiência da adolescência em contexto escolar, em workshops de teatro e em diversas atividades com jovens. Desta comunhão nasceu o espetáculo Montanha-Russa, que esteve em exibição, em março de 2018, no Teatro Nacional D. Maria II, o qual inspirou o livro.

Inês Barahona e Miguel Fragata (texto), Mariana Malhão (ilustração)

Uma sugestão do Plano Nacional de Leitura

2019

Orfeu negro