
Invasão da Ucrânia: Conselhos para lidar com a desinformação
Fevereiro 24, 2023No dia em que se assinala o primeiro ano da tentativa de invasão russa da Ucrânia, importa relembrar que esta é uma guerra amplamente acompanhada por campanhas de desinformação. O News Literacy Project deixa alguns conselhos para resistir a práticas de propaganda, que o MILObs resume de seguida:
- Ser cauteloso com aquilo em que se acredita e partilha: os conflitos militares são propensos à proliferação de informação descontextualizada, o que aconselha cautelas redobradas aos públicos. A capacidade que cada um de nós tem de gostar ou partilhar conteúdos online traz uma responsabilidade extra: as nossas práticas podem amplificar a desinformação.
- Estar familiarizado com o histórico da Rússia no domínio da propaganda, que antecede em muito a invasão da Ucrânia. Este manifesta-se sob diversas formas, como fake news ou trolls online que apenas querem criar confusão e descredibilizar o debate.
- Preferir fontes de informação credíveis, o que tem no seu reverso a exigência com os próprios media informativos. O News Literacy Project realça que a muito frequente informação de última hora “cria ambientes de informação caóticos, rápidos e desafiantes. Resista ao impulso de demonstrar a sua preocupação através da partilha de mensagens e atualizações sensacionalistas, mas não confirmadas”.
- As teorias da conspiração, a simplicidade que estas oferecem, podem ser tentadoras em tempos complexos. No entanto, importa resistir à tentação de preferir informações que apenas reforçam as nossas próprias crenças.
- “A partilha de informação errada no ‘apoio’ da Ucrânia ajuda o esforço de propaganda russo”, salienta o News Literacy Project, na medida em que alimenta “as alegações russas e conspiratórias de que a guerra está a ser exagerada ou falsificada de alguma forma”.
Em suma, “à medida que o mundo continua a assistir ao desenrolar da invasão russa da Ucrânia – em muitos casos, nas redes sociais – é vital que não aumentemos a confusão criada pela desinformação para obscurecer as atrocidades cometidas no terreno”, refere o projeto educativo. “Todos nós temos a responsabilidade de nos juntarmos à luta contra as falsidades, aprendendo a reconhecê-las, denunciando-as aos moderadores das plataformas e avisando os outros para que se afastem delas”, sustenta o News Literacy Project.