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Empresas tecnológicas reportam esforços no combate à desinformação

Setembro 27, 2023

Ao abrigo do Código de Práticas sobre Desinformação, promovido pela Comissão Europeia e assinado por empresas e marcas como a Google, a Meta, a Microsoft e o TikTok, as gigantes tecnológicas signatárias publicaram os relatórios com os esforços empreendidos contra a desinformação. Estes podem ser consultados aqui, entre os recursos do MILObs.

De acordo com os exemplos destacados pela Comissão Europeia, relativos aos primeiros seis meses de 2023, “a Google indica que, no primeiro semestre de 2023, impediu que mais de 31 milhões de euros em publicidade fossem canalizados para agentes de desinformação na União Europeia”. Esta marca da Alphabet rejeitou, ainda, 141.823 anúncios políticos “por não terem passado nos processos de verificação de identidade”. A Meta, proprietária de redes como o Facebook e o Instagram, “informou que mais de 40 milhões de conteúdos receberam um rótulo de verificação de factos” no Facebook e cerca de um milhão no Instagram. Para além disto, “95% dos utilizadores que encontram conteúdo com um aviso de que a informação foi verificada optaram por não clicar” nessa informação dúbia. Cerca de 37% dos utilizadores no Facebook e 38% no Instagram que já pretendiam partilhar conteúdo verificado optaram “por cancelar a sua ação de partilha quando recebem o aviso”. No mesmo sentido, o TikTok estima que 29,93% dos utilizadores cancelaram uma partilha em virtude da sinalização de conteúdo não verificado na plataforma. “Além disso, 140,635 vídeos com mais de mil milhões de visualizações foram removidos da plataforma por violação da política de desinformação”, resume a Comissão. A Microsoft, proprietária do LinkedIn assegura ter bloqueado o registo ou restringido mais de 6,7 milhões de contas falsas na União Europeia.

Em declarações citadas pelo Público, Vera Jourová, vice-presidente da Comissão Europeia, sinalizou o Twitter/X como uma das grandes empresas tecnológicas com esforços insuficientes no combate à desinformação, classificando-a como a “plataforma com o maior rácio de desinformação”. Ainda segundo o Público, “ao contrário do entendimento norte-americano, segundo o qual as empresas não devem ser responsabilizadas por conteúdo partilhado por terceiros, a legislação europeia só isenta de responsabilidade as empresas que tomem as medidas necessárias para eliminar o conteúdo em causa”.